sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Encontro


Paixão, sim, era isto que estava escrito em seus olhos quando se encontraram.
As mãos suadas, sem saber se apertavam ou afastavam...
Mesmo combinado o encontro, agora frente a frente, ninguém dava o primeiro passo.
Ela não sabia se pulava em seus braços ou se mantinha dura, como estava: suando e palpitando.
Ele queria puxá-la, sugar seu calor...dividir sua paixão...mas, continuava na soleira, esperando não se sabe o quê. Temendo o que mais desejou.
Ela sorriu, pronto, nada mais precisava ser dito. Ele a alcançou, como se mais um minuto ela desintegrasse. Beijou-a, como nunca havia feito. Estes beijos que contam histórias, que aproximam e misturam. Beijos em que dois falam, sem nada dizer.
Ela se aninhou, se encaixou e permitiu que ele sentisse sua fome, seu desejo, seu tremor e sua saudade.
Naquele momento, ninguém saberia dizer quem era quem ou como agüentaram estar tão longe um do outro, por tanto tempo.
Existem sentimentos que se tornam vulcões...Sentimentos que queimam, que derretem e que uma faísca explode vibrações.
Não se sabe quanto tempo ficaram ali se beijando, se sentindo. Era como se estivessem se conhecendo e reconhecendo ao mesmo tempo. Apalpando para tornar verídico. Cheirando para constatar e beijando para reavivar a memória.
Era o reencontro de dois estranhos.
Era o encontro de dois íntimos.
Era uma união de corpos e um encaixe de desejos.Ninguém sabe como entraram, como andaram até o quarto ,mas lá estavam...despindo-se como quem tira máscaras.
Eles desnudavam a alma, eles entregavam segredos. Sem nenhuma palavra, foram conhecendo o mundo um do outro.
Olhares que se cruzam, mudam para a cor do desejo. A pupila se dilata, para expor o interior.
O olfato diminui, para que só o cheiro dos dois seja sentido.
A boca saliva, prova, sente.
E as mãos! Ah! As mãos e seus caminhos, apertos e consistências...
Aquilo não era sexo! Aquilo era descoberta! Entrega! Busca!
Êxtase! Ápice!
Sim, aquilo era paixão: louca e desmedida!
Era fogo, era conquista....
Embate, toques, mordidas!
Sabores, odores, texturas!
Desejo!Prazer! Satisfação!
Espasmos....
Suspiros...
Risadas...
Abraços...
Permaneceram assim, sem se mover, perdidos um no outro, para que não evaporasse.
Quando as coisas são boas demais, sempre existe a suspeita que não seja real...
Sem uma palavra, adormeceram...depois falariam ou não...agora o importante era sentir...
( Felícia Rodrigues)
P.S: Amores, espero que gostem...
Bjus e maravilhoso fds!!!!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Paciência



Paciência
( Lenine e Dudu Falcão)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço horaVou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara...Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não pára não...
A vida não pára!...A vida é tão rara!...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Tem dias que não me suporto...evito o espelho para não doer os olhos!!!
Evito os amigos, para não espalhar o fel!
Nestes dias, meu nublado coração, ofega...

Felícia Rodrigues
obs: Hoje estou assim...
Bjus,queridos meus!

domingo, 9 de agosto de 2009

Tormenta


Não sei bem porque ando assim, meio sem saber de mim.

Confusa, irritada,dividida.

Longe do que gosto, perto do que me desfaz.

Não sei para onde ir e nem se quero ficar.

Em ciclos, em meios, em margens...

Não sei o que quero...

Mas, o que desejo, não sei se devo.

Trêmula, insegura, perdida.

Caminho em círculos, caio em mim.

Apenas, metade. A outra, não sei se perdeu-se

Ou se apenas se escondeu...

Ou se transformou.

Ando me desconstruindo...

Não sei se é metamorfose ou apenas período...

Vou seguindo...

As coisas, um dia, voltam ao seu lugar...

ou não...
Enquanto isso, vou me entregando ao que tenho e vivendo o que se é possível...
(Felícia Rodrigues)


P.S: Um post para me centrar...uma breve divagação.

Bjus,queridos meus.

Até a próxima.

sábado, 8 de agosto de 2009

O telefonema


-Alô?
-Tudo bem com você?
Silêncio...será que era ele mesmo? Conferiu o visor do telefone e sentiu o coração saltar.
O coração e sua sinceridade, dispara sem que se queira, dá cambalhotas e te faz ofegante.
-Estou bem e você?- Respondeu ela, tentando não demonstrar a felicidade que sentia.
-Eu vou bem. Ele por sua vez, sentia a coragem lhe sumir e tentava se manter firme, como se aquela ligação não fosse fruto de sua luta interna. Luta em que a razão havia perdido.
Mais um silêncio.
Ele tinha ensaiado tudo que queria dizer, mas quando ouviu sua voz, se perdeu e pensou que nada do que tinha planejado fazia sentido.
-Então, trabalhando muito?- Assuntos rotineiros são mais fáceis, até organizar a cabeça, a respiração, o estômago e suas borboletas.
-Bastante e você?- Respondeu ela, enquanto tentava entender aquele homem que ligava meia-noite, depois de semanas sem notícias e perguntava de trabalho.
- Também. Aqui, eu fui naquele bar outro dia, aquele em que nos conhecemos. Achei que te encontraria lá.- Hum!Por que foi dizer aquilo? Ela não precisava saber que ele a procurava pelas noites.
- Queria que eu fosse?(o cavalo indomável saltou no peito)Por que não me convidou para ir?
-Fui de última hora.- Terreno perigoso, talvez fosse melhor desligar.
-Mas,é estranho eu te ligar a esta hora,foi mal.
-Não tudo bem-Ela disse mais que de pressa, com medo dele desligar, era tão bom ouvi-lo e saber que pensava nela. Que não estava sozinha nesta insegurança e desejo.
- Mas,já que ligou, podia dizer o porquê,né. Ou foi só para saber se estou trabalhando muito.Deu uma risada.
Ai!Aquela risada que ele tanto gostava, conseguia ver suas covinhas, quase estendeu a mão, como se pudesse tocá-la. Como ele queria tocá-la...
-Não,claro que não. Não sou bom nisso,nem tenho muito jeito e você me confunde.
-Eu? Confundo? Jeito para que?( Esperança surge nesses momentos, em que o outro se fragiliza e se permite, por entre fendas, deixar passar o que não sabe dizer.)
-Sim,você...
PAUSA, SUSPIRO, PENSAMENTOS, EXPECTATIVAS...
-É, to com vontade de te ver. Não me pergunte mais que isso. Hoje sei isto e é apenas o que consigo dizer. To com vontade de você.- A confissão saiu em tempestade de palavras, daquelas que se você não estiver concentrado, perde a essência do que foi dito.
Quando os sentimentos explodem, as palavras não acompanham. O querer tem sempre pressa. O dizer tem sempre cautela. São tempos distintos o do sentir e o do externar.
-E ela? Ahh, ela! Queria passar por aquele aparelho e buscá-lo para si. Ela queria saltar, sorrir e beber champagne. Queria tanto ele, que doía. Fisicamente latejava. Fisicamente entorpecia. Fisicamente, emocionalmente, queria!
-Eu também!- Queria tanto que não conseguia dizer o quanto, queria tanto que parecia indiferente.
-É só o que tem a me dizer, depois do que falei?- Perguntou ele decepcionado.
- Vem para cá agora- Convidou antes que desistisse. Ela tinha pressa.
Ele sorriu, feliz e aliviado. Sentiu medo de ser rejeitado. Ele tinha apostado e teve medo de perder.
-É só dizer onde quer que te busque.
- To em casa, vem para cá. Acho que ta na hora de saber onde moro.
-Estava louco para saber mais de você- ele confessou.
-E eu,também. De saber de você e de permitir que me conheça. Anota aí, to te esperando.
-Chego logo...Ele disse já fechando a porta de casa.
-To te esperando.Desligou feliz como há muito não se sentia.
Ahhh! Como dizer às vezes é necessário.
Só sentir não é o suficiente, visto que o outro não tem a chave de nosso interior...
(Felícia Rodrigues)
P.S:Queridos meus,com carinho sempre!
Um maravilhoso fds a todos!
Bjus e até a próxima!