-Alô?
-Tudo bem com você?
Silêncio...será que era ele mesmo? Conferiu o visor do telefone e sentiu o coração saltar.
O coração e sua sinceridade, dispara sem que se queira, dá cambalhotas e te faz ofegante.
-Estou bem e você?- Respondeu ela, tentando não demonstrar a felicidade que sentia.
-Eu vou bem. Ele por sua vez, sentia a coragem lhe sumir e tentava se manter firme, como se aquela ligação não fosse fruto de sua luta interna. Luta em que a razão havia perdido.
Mais um silêncio.
Ele tinha ensaiado tudo que queria dizer, mas quando ouviu sua voz, se perdeu e pensou que nada do que tinha planejado fazia sentido.
-Então, trabalhando muito?- Assuntos rotineiros são mais fáceis, até organizar a cabeça, a respiração, o estômago e suas borboletas.
-Bastante e você?- Respondeu ela, enquanto tentava entender aquele homem que ligava meia-noite, depois de semanas sem notícias e perguntava de trabalho.
- Também. Aqui, eu fui naquele bar outro dia, aquele em que nos conhecemos. Achei que te encontraria lá.- Hum!Por que foi dizer aquilo? Ela não precisava saber que ele a procurava pelas noites.
- Queria que eu fosse?(o cavalo indomável saltou no peito)Por que não me convidou para ir?
-Fui de última hora.- Terreno perigoso, talvez fosse melhor desligar.
-Mas,é estranho eu te ligar a esta hora,foi mal.
-Não tudo bem-Ela disse mais que de pressa, com medo dele desligar, era tão bom ouvi-lo e saber que pensava nela. Que não estava sozinha nesta insegurança e desejo.
- Mas,já que ligou, podia dizer o porquê,né. Ou foi só para saber se estou trabalhando muito.Deu uma risada.
Ai!Aquela risada que ele tanto gostava, conseguia ver suas covinhas, quase estendeu a mão, como se pudesse tocá-la. Como ele queria tocá-la...
-Não,claro que não. Não sou bom nisso,nem tenho muito jeito e você me confunde.
-Eu? Confundo? Jeito para que?( Esperança surge nesses momentos, em que o outro se fragiliza e se permite, por entre fendas, deixar passar o que não sabe dizer.)
-Sim,você...
PAUSA, SUSPIRO, PENSAMENTOS, EXPECTATIVAS...
-É, to com vontade de te ver. Não me pergunte mais que isso. Hoje sei isto e é apenas o que consigo dizer. To com vontade de você.- A confissão saiu em tempestade de palavras, daquelas que se você não estiver concentrado, perde a essência do que foi dito.
Quando os sentimentos explodem, as palavras não acompanham. O querer tem sempre pressa. O dizer tem sempre cautela. São tempos distintos o do sentir e o do externar.
-E ela? Ahh, ela! Queria passar por aquele aparelho e buscá-lo para si. Ela queria saltar, sorrir e beber champagne. Queria tanto ele, que doía. Fisicamente latejava. Fisicamente entorpecia. Fisicamente, emocionalmente, queria!
-Eu também!- Queria tanto que não conseguia dizer o quanto, queria tanto que parecia indiferente.
-É só o que tem a me dizer, depois do que falei?- Perguntou ele decepcionado.
- Vem para cá agora- Convidou antes que desistisse. Ela tinha pressa.
Ele sorriu, feliz e aliviado. Sentiu medo de ser rejeitado. Ele tinha apostado e teve medo de perder.
-É só dizer onde quer que te busque.
- To em casa, vem para cá. Acho que ta na hora de saber onde moro.
-Estava louco para saber mais de você- ele confessou.
-E eu,também. De saber de você e de permitir que me conheça. Anota aí, to te esperando.
-Chego logo...Ele disse já fechando a porta de casa.
-To te esperando.Desligou feliz como há muito não se sentia.
Ahhh! Como dizer às vezes é necessário.
Só sentir não é o suficiente, visto que o outro não tem a chave de nosso interior...
-Tudo bem com você?
Silêncio...será que era ele mesmo? Conferiu o visor do telefone e sentiu o coração saltar.
O coração e sua sinceridade, dispara sem que se queira, dá cambalhotas e te faz ofegante.
-Estou bem e você?- Respondeu ela, tentando não demonstrar a felicidade que sentia.
-Eu vou bem. Ele por sua vez, sentia a coragem lhe sumir e tentava se manter firme, como se aquela ligação não fosse fruto de sua luta interna. Luta em que a razão havia perdido.
Mais um silêncio.
Ele tinha ensaiado tudo que queria dizer, mas quando ouviu sua voz, se perdeu e pensou que nada do que tinha planejado fazia sentido.
-Então, trabalhando muito?- Assuntos rotineiros são mais fáceis, até organizar a cabeça, a respiração, o estômago e suas borboletas.
-Bastante e você?- Respondeu ela, enquanto tentava entender aquele homem que ligava meia-noite, depois de semanas sem notícias e perguntava de trabalho.
- Também. Aqui, eu fui naquele bar outro dia, aquele em que nos conhecemos. Achei que te encontraria lá.- Hum!Por que foi dizer aquilo? Ela não precisava saber que ele a procurava pelas noites.
- Queria que eu fosse?(o cavalo indomável saltou no peito)Por que não me convidou para ir?
-Fui de última hora.- Terreno perigoso, talvez fosse melhor desligar.
-Mas,é estranho eu te ligar a esta hora,foi mal.
-Não tudo bem-Ela disse mais que de pressa, com medo dele desligar, era tão bom ouvi-lo e saber que pensava nela. Que não estava sozinha nesta insegurança e desejo.
- Mas,já que ligou, podia dizer o porquê,né. Ou foi só para saber se estou trabalhando muito.Deu uma risada.
Ai!Aquela risada que ele tanto gostava, conseguia ver suas covinhas, quase estendeu a mão, como se pudesse tocá-la. Como ele queria tocá-la...
-Não,claro que não. Não sou bom nisso,nem tenho muito jeito e você me confunde.
-Eu? Confundo? Jeito para que?( Esperança surge nesses momentos, em que o outro se fragiliza e se permite, por entre fendas, deixar passar o que não sabe dizer.)
-Sim,você...
PAUSA, SUSPIRO, PENSAMENTOS, EXPECTATIVAS...
-É, to com vontade de te ver. Não me pergunte mais que isso. Hoje sei isto e é apenas o que consigo dizer. To com vontade de você.- A confissão saiu em tempestade de palavras, daquelas que se você não estiver concentrado, perde a essência do que foi dito.
Quando os sentimentos explodem, as palavras não acompanham. O querer tem sempre pressa. O dizer tem sempre cautela. São tempos distintos o do sentir e o do externar.
-E ela? Ahh, ela! Queria passar por aquele aparelho e buscá-lo para si. Ela queria saltar, sorrir e beber champagne. Queria tanto ele, que doía. Fisicamente latejava. Fisicamente entorpecia. Fisicamente, emocionalmente, queria!
-Eu também!- Queria tanto que não conseguia dizer o quanto, queria tanto que parecia indiferente.
-É só o que tem a me dizer, depois do que falei?- Perguntou ele decepcionado.
- Vem para cá agora- Convidou antes que desistisse. Ela tinha pressa.
Ele sorriu, feliz e aliviado. Sentiu medo de ser rejeitado. Ele tinha apostado e teve medo de perder.
-É só dizer onde quer que te busque.
- To em casa, vem para cá. Acho que ta na hora de saber onde moro.
-Estava louco para saber mais de você- ele confessou.
-E eu,também. De saber de você e de permitir que me conheça. Anota aí, to te esperando.
-Chego logo...Ele disse já fechando a porta de casa.
-To te esperando.Desligou feliz como há muito não se sentia.
Ahhh! Como dizer às vezes é necessário.
Só sentir não é o suficiente, visto que o outro não tem a chave de nosso interior...
(Felícia Rodrigues)
P.S:Queridos meus,com carinho sempre!
Um maravilhoso fds a todos!
Bjus e até a próxima!
O melhor!!!
ResponderExcluirSempre se superando!
Ow... Saudade d+++ da conta!
bjus Fe
Amiga to carente dos textos... e ai? e ai??? sao cinco dias sem nenhuma noticia do meu casal preferido.....Renata
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