sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


"Alice: Que caminho devo tomar?
Gato: Para onde você quer ir?
Alice: Não sei..
Gato: Se você não sabe onde quer ir, todos os caminhos levam a lugar nenhum."

(Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll)
E você? Sabe aonde quer chegar? A dificuldade não está no caminho,mas nas escolhas... Se sabemos aonde queremos chegar, o caminho será só um processo. Se não sabemos do que queremos,não adiantar caminhar..saber o que se quer,sempre é o ponto inicial de qualquer caminhar....
P.S: Linda sexta À todos!!!!!!!
Bjus!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Amor te torna tolo,pegajoso,cego,
louco,inconsequente e apegado...
Mas,também te deixa fofo,
tchuco,benzinho,beijado,
feliz,enamorado,amado,
sorridente,companheiro,acompanhado,
amoreco,delicinha,deliciado...
E te faz tantas outras coisas que me perco neste emaranhado....
(Felícia Rodrigues)
P.S: Saudades demais!Para não abandonar e retormar este espaço mudei o layout e postei algo,para mostrar que este espaço aqui,ainda é nosso.
Bju,queridos!!!!!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Sempre dizem que a noite todos os gatos são pardos.... Eu prefiro acreditar que a noite...todos os pardos são gatos... P.S: Quinta-feira,fds bate na porta e aí, o que será? Bjus amore e mil possibilidades nestes dias de fds prolongado!!!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010



De tão cheia de si,ela transbordava aos outros...
Dividia-se,repartia,remontava, readquiria...
Misturava-se, se expandia, se recolhia..mas,sempre,se permitia.
Prometia,sumia,voltava e se perdia!
Amava, odiava,indiferente ficava...
Sacudia a poeira e seguia.
Foi assim. era assim,é assim...
A vida ia e ela transbordava em cada esquina!
Os que a viam,nunca a entendiam...mas,de tanto senti-la,compreendiam:
Não era feita para ser entendida, era feita para ser amada!!!!
(Felícia Rodrigues)
P.S: Ando meio sem inspiração,mas sempre que tenho um lampejo do que dizer,escrevo logo para não esquecer!!!!!
Bjus no coração!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010


"Não deixe as portas entreabertas, escancare-as ou bata-as de vez, pois entre vãos, brechas e fendas passam somente semi-ventos, meias verdades e muita insensatez." (Autor desconhecido)
P.S: Boa frase para uma sexta-feira.
Bjus amores e um lindo fds!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ela...sem saber...




Ela se sentia perdida,meio vazia de sentimento,meio cheia de solidão.
Os meses corriam e o espaço que ele ocupava, continuava lá,como se nunca tivessem se separados.
Era sexta, mais uma que inventava desculpas para as amigas e optava pelo sofá e o velho vinho solitário.
Ela já não sabia se cultuava a dor, ou se apenas se apegava as lembranças, para que ele realmente não se fosse...contraditória, como sempre...queria que ele se fosse,mas o segurava,com medo de perdê-lo dentro de si...
Desde que se fora, perdera a razão... Justo ela que sempre teve norte, encontrava-se a deriva. Andava pelas ruas o procurando, saía com o objetivo de encontrá-lo, mas nunca o telefonava. Ainda tinha seu número,mas não se atrevia a discar.
Fumava como uma louca, tremia de saudade,revirava na cama...mas,não cedia.
Continuava achando que fez o certo , só não sabia que seria tão avassalador.
Desejava revê-lo,mas sentia tanto medo que isso ocorresse. O que faria? Se jogaria nos seus braços ou o ignoraria? E se estivesse com outra...Ahhh!Esta possibilidade a matava. Desesperava só de imaginar.
O vinho cada vez mais seco, a casa cada vez mais vazia..e o coração? Este, cada vez mais atormentado...
As amigas já haviam desistido de tirá-la deste sofrimento, apresentaram amigos, escutaram os desabafos,tentaram apoiá-la,incentivá-la...mas,nada adiantou.
Sentimento persistente, que mesmo em ausência, era o que mais tinha de presente...
Queria gritar ,expulsá-lo lá de dentro,jogar fora as lembranças,esquecê-lo,abraçá-lo,tê-lo de volta e nunca mais deixá-lo...
Ohhhh,Senhor!!!!Tinha que ser tão difícil?
Bêbada,pensava em ligar..mas,o que diria? Sem palavras,sem coragem e sem ele.
Vazia de sentir,cheia de sofrer.
Antes, tão segura.Agora, mesmo sabendo onde queria chegar...não sabia que caminho escolher...

(Felícia Rodrigues)
P.S: Amores,saudades do cantinho.Saudades de divagar...
Bj grande no coração.

segunda-feira, 7 de junho de 2010



"Tudo ja é só coraçao.
em todo lugar,como nao saber?
Onde se esconde o seu bem querer?
Na esquina da saudade com ilusão
Ou uma rua sem luz na beira de um portão ?
Por onde andas que não te encontras?
Em seu proprio berço te levantas.
Em que outrora foste expulso sem fadiga ou dor
agora se inquieta por um mais infindo amor..."

P.S: Escrito por Matheus Rocha nestas noites frias de divagação.

O beijo hoje vai para você fantasma, pelas risadas no msn e os momentos de tolice compartilhada..rsrs




'Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar”(Rubem Alves)







sexta-feira, 7 de maio de 2010


Por favor, mais uma dose de paixão,com pouco gelo e uma rodela de limão.
Quero uma dose caprichada,que me tonteie, me solte, me enbriague!
E que quando acordar ainda fique eufórica e sem nenhuma ressaca para amargar o gosto bom que tem amar!!!!!( Felícia Rodrigues)

P.S: Sexta como sempre traz aquele gostinho de possibilidades. Muita coisa boa pode acontecer e é o que desejo à vocês,amores. Um fds de muitos momentos lindos!!!!
bjus

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ciclana


Ciclana se olhou no espelho, reforçou a sombra e caprichou no batom vermelho. Hoje ela estava pronta para se divertir.
Ciclana era uma mulher de muitas alegrias e sorrisos, aonde chegava era notada, não que fizesse questão disso. Mas, sua displicente presença se destacava. Inteligente, bem humorada e sagaz, e era isso q dava um toque em seu rosto. A vivacidade. Ciclana era apimentada, intensa e decidida.
Ciclana se amava, gostava de momentos de solidão, por muitas vezes sua própria companhia lhe bastava: ela, seus livros, filmes, vinhos e pensamentos. Ahhh! Ciclana divagava solta na cama, se perdia em lembranças e possibilidades. Ria sozinha, gargalhava, dançava e fazia festa com seu cotidiano.
Ciclana era cavalo sem cabresto. Encantava, misturava e partia. E fazia tudo isso de forma tão vibrante, que não deixava mágoas mas, vontade de quero mais. Ela era desejada e também desejava.. Mas,se saciava na mesma intensidade que almejava.
Sentia-se só algumas vezes, triste em outros, era uma mulher comum. Mas, sabia eram momentos e os aproveitava para transformar, crescer e repensar. Saia das crises sempre mais forte. Ela sabia que a vida tinha seus momentos e tirava proveito de todos. Não se abatia fácil, era feita de material resistente, não se envergava com qualquer vento.
Algumas vezes não era entendida, era cobrada e se esquivava de respostas. Não era muito de se justificar e nem de carregar culpas. Era ela, apenas isso. Não tentava agradar ,nem adular. E talvez, por isso, era tão querida. Era verdadeira. Algumas vezes direta demais, mas sabia amar e cuidar dos que gostava. Sabia ser protetora e carinhosa, mas por vontade. Nunca fazia o que esperavam ou o que achavam certo.
Ciclana não se prendia a regras e nem à expectativas. As coisas para ela eram simples, ou sim ou não...não se prendia no talvez. Não gostava de cinza e nem do morno... Não acreditava no totalmente bom e nem no puramente mau. Mesclava sentimentos, vivia por vontade. Era movida por desejo.
Os homens que amou, o fez com total entrega e quando chegou a hora de seguir, o fez carregando as lembranças de belos momentos. Os que ainda vai amar, ah...!!!!!estes serão amados da mesma forma. Com a certeza de serem especiais e únicos. Ela se doava plenamente, vivia os instantes, com total paixão. Não tinha medo de amar e nem de se doar.
Esta noite estava pronta para sair e mais uma vez experimentar a vida. Se olhou no espelho novamente, conferiu o visual e se foi... noite adentro. Ciclana era bela, por ser verdadeira. Uma mulher desprovida de máscaras, envolta no prazer de ser.
O mais belo está no que não podemos manipular... Porque desejamos o que se é, e não o que queremos que seja. Todo amor que modifica o ser amado, perde o sentido de ser. Perde-se o que amou e não reconhece mais no que está ao lado, o que se desejou conquistar... ( Felícia Rodrigues)

Amores, um lindo fds!
Bjus

quinta-feira, 18 de março de 2010

Beltrana

Beltrana acordou ressaquiada, olhou para o lado e viu um corpo estranho. A náusea veio instantânea. Correu para o banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho. Aff! Onde isto iria parar?
Sim, Beltrana era uma mulher de muitos amores, de muitos olhares, de muitas carícias e de muitos prazeres. Gostava de seduzir, gostava de desejar e possuir.
Ah! Beltrana gostava de cama, de corpos, de toques, de gozos e êxtases. Mas, confessava agora diante do espelho,que estes estavam ficando escassos. As noites estavam perdendo seu brilho; a cama já não satisfazia e o sexo estava sem ápice. Éh! Beltrana estava se sentindo só.
Ela sabia que muitos a amaram. Sentiu-se culpada algumas vezes por não retribuir, mas não podia forçar o coração, por isso todos estes nem por lá passaram. Não foram capazes de descobrir o caminho ou não a alcançaram, nesta pressa louca de fugir.
Tomou uma ducha fria, se esfregou como se pudesse retirar as lembranças da noite passada. Nesta manhã ela acordou sentindo-se suja. Acordou sentindo-se seca e vazia, como se tivesse doado de si a última gota do que era.
Vestiu a roupa, pegou a bolsa e olhou para o sujeito adormecido. Saiu em silêncio, não queria ter que encará-lo e muito menos dizer algo. Fechou a porta, como se pudesse trancar do lado de dentro não apenas o parceiro de uma noite sem sentido,mas também as lembranças e o vazio.
Sentiu vontade de rir de si mesma, até parece que conseguiria deixar para trás o aperto que sentia. Sabia, que estava na hora de abandonar este velho hábito de se entregar, sem se envolver. Estava na hora de abandonar o escudo e viver algo que realmente a fizesse suspirar.
Beltrana queria amar. Beltrana queria paixão, queria acordar do lado de alguém e desejar se aninhar em seus braços ao invés de partir. Queria telefonemas, mãos dadas, expectativa, taquicardia, espera, retorno e entrega. Ah! Ela queria sentido. Queria admiração, risadas pela manhã, afagos, compartilhar, ofegar, beijos intensos, abraços apertados e muita intimidade.
Ela queria amor e como qualquer mulher, ser amada. Mas,era coragem admitir...era se fragilizar,para permitir. Beltrana estava aberta, despindo-se para o mundo e abrindo os olhos, para que pudesse realmente ser olhada.Abriu um sorriso, ajeitou os cabelos, empinou o corpo e encarou o dia. Era uma mulher cheia de vida e de qualidades e agora o mundo poderia conhecê-la.
Muito prazer,sou Beltrana e estou pronta para amar...
(Felícia Rodrigues)
Espero que gostem, meus amores!
Grande beijo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ela sozinha...


Às vezes, bancar o que se acredita, dói mais que ceder e permanecer...
Ela estava em casa. Havia dois dias que nada lhe tirava o aperto do peito. Doía demais ficar longe dele, mas mesmo assim ela se segurava para não voltar. O telefone estava ao seu lado, mas ele não ligou.
Sua questão passava longe do orgulho,mesmo que algumas pessoas acreditassem nisso. Era deixar de acreditar nela, em sua essência e se perder, para tê-lo. Ela queria ser aceita, isto não era absurdo ou impossível, pensou jogada no sofá.
O maço de cigarros já estava no fim, o cinzeiro transbordando, misturando cinzas com devaneios. Teria que ir a um bar qualquer comprar mais. Se olhou no espelho e riu, riu loucamente até o pranto voltar...sair como? Parecia uma desvairada, os cabelos despencando pelo rosto , os olhos inchados, a roupa amarrotada e o coração em pedaços.
Ela era forte,mas muitas vezes não se sustentava, queria abrir a porta e escapar do mundo. Ficar do lado de fora só observando, sem se envolver, sem se doar,sem ter que partir...
Nunca havia doído tanto fechar uma porta, mas nunca havia sido tão lindo estar e dividir. Ele era especial,ela sabia disso. Por isso, sentia mágoa por ele projetar nela o que outras lhe fizeram. Doía nela imaginar que alguém o havia ferido e mais ainda que isto fizesse dele inseguro.
Ela o amava, ninguém podia questionar...nem ela mesma. Riu e baforou o cigarro...já nem tragava, este era só companhia. Ahhh! Como amava. Amava o sorriso, os olhos que tanto diziam, a inteligência, a esquisitice e claro, o que ele a fazia sentir. Uma mistura de calor e frio, um sentimento de transtornar. Isso, ele a transtornava, revirava por inteiro e a fazia sempre querer mais. Paixão desenfreada, doçura misturada com intensidade.
Nenhum homem havia a possuído como ele. Possuído corpo e mente, vendaval sem controle, amor sem mensuração.
Ela estava só, evitava até os amigos, sabia que era incompreendida. As amigas a recriminavam...como havia deixar um amor assim? Como explicar algo tão seu, para quem não quer entender? Se ele que era seu amor não entendia... Imagina os outros, que nada dividiram e que estão tão longe do que ela é.
Ela estava só e nem sua casa lhe oferecia conforto...ah! ele estivera tantas vezes lá. Deixara seu cheiro nas almofadas, suas risadas na sala, no banheiro a escova e na cama...Na cama, ele deixara sua loucura ,seu calor e seu prazer.
Ela não sabia como seria ou se poderia ser, doía lhe o peito, sangrava a alma e as lágrimas se perdiam sem muito aliviar. Era pessoa sem rumo.
Era mulher forte...que tinha um preço a pagar. Estas bifurcações da vida, onde não queremos escolher, apenas estar.
Sair de uma relação é mais difícil que entrar...mas ,sair amando não tem jeito de explicar...é sentir ficar a parte de si que mais quer levar.(Felícia Rodrigues)

Bjus,amores. Espero que gostem, de coração.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ele se perdendo dela


Ele estava apenas sentado, mas se sentia acorrentado, preso e inerte...
Observava ela se vestir e se lembrou dos tempos em que ela transformava as vestes em armadura, tudo parecia um retrocesso. Só que agora doía mais.
Ela agora, era dele. Ele sabia suas fomes e vontades; seus medos e prazeres, e mesmo assim ela estava indo. Ele não sabia o que fazer e nem se devia fazer algo. Já tinha se doado, a protegido e mesmo assim, ela queria partir.
Não entendia essa necessidade que tinha de ser livre, ele não a prendia, apenas queria saber do seu dia, dos seus sonhos e planos. Ele não queria sufocá-la, mas era inseguro. Tinha medo que se ela se afastasse um pouco, pudesse vê-lo melhor e não o quisesse mais.
Ela era por demais encantadora e ele sabia que era capaz de ter o homem que desejasse... sentia medo, que este não fosse ele.
Ele sabia que ela era sincera e que o amava, mas a insegurança é como uma aranha... tecendo sua trama... Tornando-o fraco e desconfiado. Sabia que a magoava, tentava evitar e se calar... mas,por muitas vezes disse em silêncio, questionou com o olhar, foi duro nas ações e a afastou, quando o que mais queria era tê-la. Amá-la era a coisa mais intensa em sua vida. Acordar ao seu lado, ouvi-la divagar,vê-la ser o que era: livre e feliz!
E mesmo amando-a assim, tentava matar o que ela tinha de mais lindo, só para tê-la só para si. Estes amores egoístas que limitam o outro,para tamponar seu brilho..não por inveja, mas por medo de ser pequeno demais,sem graça demais.Assim, tentar diminuir o outro para se igualar em beleza.
Quantos amores acabam assim, solitários e secos, por que mataram o que amavam. Pediram para mudar o que os encantava. Apagaram o fogo que os aquecia e quando tudo terminava, ainda se questionavam, porque deixaram de amar. Pediam para o amado ceder, se encaixar em suas vontades e depois quando os olhavam..não os reconheciam mais.Não os admiravam mais.
Ele sabia que ela estava nervosa, pela forma que apertava as mãos...queria levantar e abraçá-la, implorar que ficasse...mas,ele não estava errado, ela que não valorizava o amor deles e partia por capricho. Ele era orgulhoso e se sentia como namorado, no direito de pedir que ela abrisse mão de algumas coisas que o desagradava. Mas, para ela essas pequenas coisas, eram maiores do que o amor que tinham...Que fosse embora ,então! Pensou desaforado, como forma de proteção. Sentir raiva é o recurso mais eficiente para bancar a separação. Se sentir ofendido e com razão, métodos de proteção...proteção contra o cinza que ameaçava se instalar,pós meses de belas cores, muita intensidade e verdadeiro amor...
Ela o olhou,como se desse a última chance a ele de pedir que ficasse, recolheu as coisas e fechou a porta.
Deixou lá dentro um homem apaixonado, com um grito sufocado na garganta...A lágrima rolou em silêncio,mas ela já estava longe para ver e longe demais para ser alcançada.
Só quem já amou é capaz de entender a dor que é ver o outro partir, e não ter a coragem de pedir que não se vá... é correnteza de rio, sufocando,revirando e mesmo querendo viver, desistir de nadar...
(Felícia Rodrigues)
Amores meus,bjus no coração!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ela se perdendo dele...

Ela sabia que havia chegado a hora de partir, de calçar os sapatos, pegar a mala e não olhar para trás...
Tinham tido meses lindos juntos, com amor tudo se torna mais belo e juntos eram o encaixe.. Mas,estavam em crise,como qualquer casal e isto era ruim...serem como qualquer casal, era como se o encanto de serem únicos, estivesse escoando em um desencontro de planos.
A mala estava cheia de promessas e lembranças, não de roupas, por que por mais que ele insistisse que deveriam dividir a casa, já que dividiam os corações, ela sabia que era precipitado. Era como se temesse que o acordar todos os dias ao seu lado, o fizesse mais humano. Ela tinha medo das falhas humanas, mesmo por que tinha muitas.
Ah..e ela gostava de ser livre e de ter seu espaço. De tê-lo sem cobranças e de sê-lo sem medo.Ele não se acostumara com seu jeito, brigava por seus amigos, brigava por que não entendia que ela tinha que ficar só e muitas vezes até por seus devaneios. Ela tentava entender que ele tinha seus medos e neuras e uma carga de relacionamentos desastrosos, mas se magoava por ele não confiar.
Ela era dele em corpo e alma, ela se doava, mas não aceitava ter que mudar ou ter que deixar coisas tão importantes, só porque ele se sentia inseguro.Isto era um ponto negativo para ela, ela o conheceu confiante e aprendeu o amar assim, agora não queria uma sombra do que amou...
E ele também havia se apaixonado por essa mistura louca que ela era. Ele se apaixonou pelo ser vibrante que acordava sorrindo, que investia na vida e se doava ao mundo. Não era justo pedir agora, que se perdesse de si e se recriasse nos moldes em que ele desejava.
Ela estava com a alma cortada, mas em momento algum pensou em ceder... não por que era má, mas sim porque se amava assim...ela o amava como era, não pedia mudanças.Queria reciprocidade e aceitação.
Ela estava chorando, coisa que não o fazia com muita freqüência. Apertava as mãos nervosamente e respirava fundo, mas a angustia cantarolava sua canção inquietante na garganta...aquela que ofega e comprime.
Ela tinha que ir, ele estava sentado, olhando-a quase que com ódio, como se a acusasse de não concretizar os planos que ele havia feito. Mas, e ela? Também não podia sonhar?
Ela deveria deixar de ser, só para agradá-lo...ele achava que sim..era em nome do amor, de um bem maior..era o que ele justificava.Mas, não a convencia.
Para ela amor era outra coisa, algo menos palpável definido. Amor para ela era algo que ficava entre o completar e o sorrir. Amar era estar por querer...é poder ir até onde desejar..por que a presença não é física, é na alma. Ele estava sempre com ela, porque o amava...não precisava tê-lo 24 horas para sabê-lo.
E quando estavam juntos...ela era tudo que podia ser, ela o amava, o devorava e permitia que ele visse o quão dele ela era... será porque ele não enxergava? Talvez, por que não a visse de verdade... a olhava e alcançava apenas o que desejava.
Ele não pediu que ficasse, não esticou a mão ou ao menos a olhou. Ela se levantou, deu-lhe um longo olhar, destes marejados de amor e dor, pegou as coisas e fechou a porta... lá fora o mundo continuava...colocou os óculos, acendeu o cigarro e partiu.
Para o mundo ela era a mesma mulher, forte e confiante... por dentro,se revirava, se revoltava e sangrava...
Amar não é fácil, mas precisava doer tanto?
(Felícia Rodrigues)
P.S: Senti saudades deles...
Bjus,amores...espero que gostem

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fulana



Fulana era mulher como qualquer outra...nem alta,nem baixa; nem magra e nem gorda. Tinha um rosto normal, embora alguns dissessem que seus olhos fossem profundos como lagoas em noite de luar: refletem, mas não se mostram.
Tinha seus amigos, bebia, sorria, trabalhava e chorava,embora ninguém nunca o visse. É, Fulana se orgulhava de ser durona, mesmo com o coração tão dolorido que a fizesse arfar de desalento.
Era fortaleza para qualquer vendaval alheio, menos para os seus que a destruíam, reviravam o interior...mas, estes eram silenciosos.
Era como se fosse pecado não ser capaz. Para esta mulher, a dor era mais intensa, por ser tão secreta. Existia dias em que os suspiros eram incontáveis...mas,todos dentro do banheiro ou quarto.
Nunca havia testemunhas, ouvidos ou braços para ampará-la. Não havia sido criada para sofrer...mas,sofria...ela fortalecera suas barreiras, mas,as fendas...bom, estas sempre permanecem.
Muitas vezes inotáveis, muitas vezes...muitas vezes..grandes buracos de solidão. Hoje era um desses dias em que Fulana se jogaria no poço ou gritaria por horas... choraria, quebraria uma casa e se perderia dentro de si.
Ah! Mas, ela sorria e contava piadas. Seu coração não a dominaria, nunca o permitiu. Não seria hoje o início de tal degradação. Respirou fundo e pensou: agüente, daqui a pouco estará só... daqui a pouco será possível respirar e permitir que a represa se fosse, que as lágrimas q lhe marejavam, gotejassem até se sentir seca. Esta mulher cheia de si e de força abriu a porta de casa, escorreu até o chão e lá se entregou.
Chorou como se fosse a única coisa possível. Não nomeou o sentimento...se misturou ao desespero, se perdeu na angústia.
Suspirou, ofegou...se permitiu até gritar. Este era o pranto de quem não podia agir, de quem se permitiu estar na mão de outro. Em alguns momentos que pensamos “se dependesse de mim...”, mas não dependia dela, nem do que sentia e muito menos do que queria.
Fulana era mais uma vítima destes amores sem retorno...quem nunca os teve? Para ela doía um pouco mais...era o primeiro. Esta era a primeira vez que tinha se permitido amar tão loucamente. Tinha sido tão ela, tinha se desarmado e apostado. Mas, ela conheceu o que é apostar sem garantia.
Não tinha tido muito sucesso e agora, mesmo não se arrependendo...sofria... Fulana, esta mulher como qualquer outra e que tinha como único diferencial ser forte, agora berrava...perdera um amor que nunca tivera e a única coisa que a tornava singular, a certeza de ser impenetrável. Olhou para a lua, estampada na janela e se perguntou por que.
Será que alguém saberia responder? Agora ela era multidão e isto a atormentava tanto como o fato de amar...( Felícia Rodrigues) Amores, bjus meus. Fê

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sou...


Posso ser o que quiser...

Posso ser doce ou ácida;

Quente ou fria;

Bonita ou feia...

Posso ser uma brisa ou um vendaval..

Só não me peça para ser o que deseja ou que espera...

Sou o que sou e não vim para agradar.

Não me aperte, não me sufoque...

Estou quando tenho vontade e desapareço quando necessito.

Sou presente, amo e me entrego..mas,não tente fazer disso uma obrigação.

Penso que existe beleza no que sou, mas também incompreensão...

Posso cativar e me afastar...

Posso sorrir e chorar...

Mas,de uma coisa sei que é constância, sou livre...

Se pouso é por querer estar...não me exija ficar,se quiser partir...

Deixo um pouco de mim onde estou...e sempre levo um pouco de todos,quando vou.

(Felícia Rodrigues)

É isso que me faz viver: aprender com os que amo e compartilhar o que aprendo com os que chegam!!!!

Beijos doces,amores meus..


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Enfim,2010


Chegou um novo ano, e este promete ser realmente novo...
A virada foi superação de limites: perrengue, esforço e reavaliação de paradigmas...
Descobri que sou mais forte do que pensava; reforcei minha persistência e super dosei meu amor pelas pequenas coisas;
Meu coração se expandiu ainda mais para meus amigos, porque cada um com sua medida de loucura, se tornam únicos...As pirações a gente dá conta, não banco é viver sem eles...
Entrei o ano com novas atribuições, novos desafios que me testarão...mas,que me farão maior.
Mudar é difícil,dói, temos que abrir mão de algumas coisas, abraçar outras...mas,nos fazem caminhar...
Eu entrei 2010 pronta para seguir!
Minha família cada vez mais minha fortaleza! Meu pai com seu jeito sereno, me transborda amor...como ninguém mais consegue..me faz mais suave.
Minha mãe, esta é a lembrança que me inspira e comecei este ano, com a presença dela mais que presente em mim.
Este ano será marco, será ponte, será positivo
E desejo do fundo do meu coração, positividade a todos.
À vocês meus amores, que se fazem presentes, que me acompanham e que perdem um minutinho lendo o que posto aqui, alegrias mil! Muitas vitórias; incontáveis sorrisos e muita luz!
E que estarei presente com vocês ,sempre...em pensamento e em coração!!!!
Feliz 2010, para todos nós!!!!
Bjus no coração!!!!!