terça-feira, 30 de junho de 2009

Felícia!!!!!!!!



Eu hoje encontrei Felícia

E todo um amor oculto cresceu, tomou novo vulto.

Encheu-me o peito

Me trouxe o passado na forma de sua imagem(foto que nem mesmo o tempo arranhou).

Felícia, felicidade

Verdade, vida, alegria e amor

Felícia, felicidade

Verdade, vida, alegria e amor.

E eu tive como certo em seus lábios ver o riso aberto

Fazendo suas faces multicoloridas.

Na festa contida, afinal aberta, senti sua voz macia

E das mãos o calor e o clamor.

Seus beijos matando as saudades.

E mil desejos..

Contando, vivendo, viajando no amor.

Mas hoje encontrei Felícia chorando, mas não de amor.

Sentei-me a seu lado e, amigo abracei-me a ela, abracei-lhe a dor.

Chorei a perda da imagem que avida rasgou e jogou no chão.

Felícia, felicidade.

Verdade viva só em meu coração .

Felícia, felicidade.

Verdade viva só em meu coração.

(Gonzaguinha)


P.S: Sempre escuto músicas com nome de mulheres e sempre brinquei com meus amigos que ninguém faria uma com o meu...e descubro que eu já tinha uma homenagem e não apenas uma música... mas, uma música do Gonzaguinha, que amoooo!!!!

Foi um presente...que amei e vim divulgar!

Bjus e até a próxima, queridos meus!!!!!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

A lucidez perigosa




Estou sentindo uma clareza tão grande ,
que me anula como pessoa atual e comum:
É uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano...
Já me aconteceu antes.
(Clarice Lispector)


P.S: Mais uma vez Clarice se faz presente, com sua sensatez de idéias e turbilhão de sentimentos!!!
Eu que mais que fã, me sinto explicada por ela, ou quem sabe entendida. Talvez, reconfortada...é como se nessas linhas, eu encontrasse um pouco de meu coração.
E neste momento estou assim, vendo o vazio e sinto um pouco de medo ou anseio.
È como se soubesse o caminho, mas tivesse medo do próximo passo. Decisões são difíceis de serem tomadas, pois sempre temos que deixar algo para trás. Mesmo sabendo que progrediremos, é como se mesmo o que nos doesse, nos fizesse falta.
Como Clarice mais uma vez, sabiamente escreveu:'Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
Não perdi nada, mas quero eliminar e mesmo sendo desejo, sinto aquele aperto no peito!
Quem disse que transformar não dói?
A borboleta precisa sentir a pressão e a dor em suas asas para romper o casulo, para ter forças para voar...

Bjos, queridos meus e até a próxima!!!!

Com amor, sempre!!!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009


Nas fendas é que me acho,

perdida nos olhares.

Nas possibilidades é que me perco,

me encontrando no aconchego.

Caminho sem fim,

destino variável.

Amores mil,

apertos infindáveis.

Sorrisos que falam,

beijos que calam.

Mãos que se entrelaçam,

pés que se afastam.

Afinidades que se somam,

diferenças que separam...

Pobre de mim,

em meio ao furacão...

ventos, sentimentos, desarranjos e mil intenções.
(Felícia Rodrigues)
P.S: Estava com saudade daqui, do meu cantinho. Onde escrevo meus rabiscos e me perco nas possibilidades do que posso dizer, em quem pode ler e no que podem sentir...
Bjus e até a próxima.