Estou sentindo uma clareza tão grande ,
que me anula como pessoa atual e comum:
É uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise.
que me anula como pessoa atual e comum:
É uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano...
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano...
Já me aconteceu antes.
(Clarice Lispector)
(Clarice Lispector)
P.S: Mais uma vez Clarice se faz presente, com sua sensatez de idéias e turbilhão de sentimentos!!!
Eu que mais que fã, me sinto explicada por ela, ou quem sabe entendida. Talvez, reconfortada...é como se nessas linhas, eu encontrasse um pouco de meu coração.
Eu que mais que fã, me sinto explicada por ela, ou quem sabe entendida. Talvez, reconfortada...é como se nessas linhas, eu encontrasse um pouco de meu coração.
E neste momento estou assim, vendo o vazio e sinto um pouco de medo ou anseio.
È como se soubesse o caminho, mas tivesse medo do próximo passo. Decisões são difíceis de serem tomadas, pois sempre temos que deixar algo para trás. Mesmo sabendo que progrediremos, é como se mesmo o que nos doesse, nos fizesse falta.
Como Clarice mais uma vez, sabiamente escreveu:'Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
Não perdi nada, mas quero eliminar e mesmo sendo desejo, sinto aquele aperto no peito!
Quem disse que transformar não dói?
È como se soubesse o caminho, mas tivesse medo do próximo passo. Decisões são difíceis de serem tomadas, pois sempre temos que deixar algo para trás. Mesmo sabendo que progrediremos, é como se mesmo o que nos doesse, nos fizesse falta.
Como Clarice mais uma vez, sabiamente escreveu:'Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
Não perdi nada, mas quero eliminar e mesmo sendo desejo, sinto aquele aperto no peito!
Quem disse que transformar não dói?
A borboleta precisa sentir a pressão e a dor em suas asas para romper o casulo, para ter forças para voar...
Bjos, queridos meus e até a próxima!!!!
Com amor, sempre!!!!!
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