Estou lendo um livro da Martha Medeiros e ela tem uma crônica a respeito da morte: A morte é uma piada e fiquei refletindo tantas coisas sobre a questão.
Morte, morrer, ir, partir, tchau, ou melhor, adeus!!!!
“Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu...”
O difícil de partir, penso, que não deve ser a dor do momento, nem o desconhecido do pós, mas a falta das coisas e das pessoas que ficam. É saber que na segunda você não ligará seu computador e ler seus e-mails e que não comparecerá naquela reunião que você tanto se preparou; é não assistir o último capítulo da novela; o chopp com os amigos de toda quarta; o final do livro que está lendo, ou seja, nunca saberá se o mocinho salvará a donzela...
Que não vai mais falar ao telefone, tricotar com as amigas, paquerar o vizinho ou dormir de conchinha com o namorado. Que o macarrão do fds foi adiado para sempre e que seu lugar na mesa, no sofá, na cama e no coração das pessoas estará sempre vago...
Que suas roupas serão doadas, que suas fotos causarão lágrimas e que os que te amam sofrerão por sua causa. E como desejamos não fazer os que amamos sofrer...
Seu pai não vai mais te cobrar as notas, sua mãe não te obrigará mais a arrumar a cama...a cama estará sempre do mesmo jeito...sem seu calor ou sem seu cheiro...estes também se vão com você!!!!!
A sua risada e suas piadas também....seus amigos não mais te encherão o saco e nem escutarão seus longos casos e desabafos!!!!
E talvez, o pior é saber que a sua vida se esvaiu...mas, a de todos continua....e você virará lembrança, doce, mas ,apenas lembrança! Pode parecer egoísmo, mas é tão triste saber que você não mais compartilhará das fofocas,das festas, dos rolos, dos almoços em família e nem mesmo das brigas e conflitos.
A morte é a lacuna da existência.. é ela que te rouba as possibilidades e te deixa um eterno “se”. Talvez, pudéssemos fazer como Sísifo que enganou Tânatos, o Deus da Morte,e retornou para estar entre os seus por mais tempo...mas, até este teve que pagar o preço de burlar algo tão taxativo, a eternidade de um trabalho sem fim.
“Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer éum exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só queesta não tem graça.”(M. Medeiros).
Penso que a hora de partir é a única que o relógio não marca e que o despertador não avisa...Somos pegos em meio a amores, tarefas e vivências...
O que podemos tirar de tudo isto? Não sei, talvez a única opção ainda seja ser sempre o que se é, vivendo o hoje da melhor forma que puder. Amar, da maior completude que sentir e viver e viver e vier... Afinal, morrer já é difícil, morrer com remorso ...deve ser insuportável
Morte, morrer, ir, partir, tchau, ou melhor, adeus!!!!
“Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu...”
O difícil de partir, penso, que não deve ser a dor do momento, nem o desconhecido do pós, mas a falta das coisas e das pessoas que ficam. É saber que na segunda você não ligará seu computador e ler seus e-mails e que não comparecerá naquela reunião que você tanto se preparou; é não assistir o último capítulo da novela; o chopp com os amigos de toda quarta; o final do livro que está lendo, ou seja, nunca saberá se o mocinho salvará a donzela...
Que não vai mais falar ao telefone, tricotar com as amigas, paquerar o vizinho ou dormir de conchinha com o namorado. Que o macarrão do fds foi adiado para sempre e que seu lugar na mesa, no sofá, na cama e no coração das pessoas estará sempre vago...
Que suas roupas serão doadas, que suas fotos causarão lágrimas e que os que te amam sofrerão por sua causa. E como desejamos não fazer os que amamos sofrer...
Seu pai não vai mais te cobrar as notas, sua mãe não te obrigará mais a arrumar a cama...a cama estará sempre do mesmo jeito...sem seu calor ou sem seu cheiro...estes também se vão com você!!!!!
A sua risada e suas piadas também....seus amigos não mais te encherão o saco e nem escutarão seus longos casos e desabafos!!!!
E talvez, o pior é saber que a sua vida se esvaiu...mas, a de todos continua....e você virará lembrança, doce, mas ,apenas lembrança! Pode parecer egoísmo, mas é tão triste saber que você não mais compartilhará das fofocas,das festas, dos rolos, dos almoços em família e nem mesmo das brigas e conflitos.
A morte é a lacuna da existência.. é ela que te rouba as possibilidades e te deixa um eterno “se”. Talvez, pudéssemos fazer como Sísifo que enganou Tânatos, o Deus da Morte,e retornou para estar entre os seus por mais tempo...mas, até este teve que pagar o preço de burlar algo tão taxativo, a eternidade de um trabalho sem fim.
“Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer éum exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só queesta não tem graça.”(M. Medeiros).
Penso que a hora de partir é a única que o relógio não marca e que o despertador não avisa...Somos pegos em meio a amores, tarefas e vivências...
O que podemos tirar de tudo isto? Não sei, talvez a única opção ainda seja ser sempre o que se é, vivendo o hoje da melhor forma que puder. Amar, da maior completude que sentir e viver e viver e vier... Afinal, morrer já é difícil, morrer com remorso ...deve ser insuportável
Bjus e até a próxima!!!!!
Morrer não é necessariamente partir.
ResponderExcluirMorrer tbm pode ser chegar onde nunca imaginou, seguir experiências inusitadas e descobrir dimensões inimagináveis.
Ou seja, com tantas novidades, alguém poderá comprovar que não pode tbm a morte ser um renascimento.
"Morrenasce, trigo, vive morre, pão ..."
O ciclo é permanente, continuo, sem fim.
Morrer é mesmo um chiste.
Bj
Lili