sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


"Daquele que amo
quero o nome, a fome
e a memória. Quero
o agora. O dentro e o fora,
o passado e o futuro.
Quero tudo: o que falta
e o que sobra
o óbvio e o absurdo."

(Maria Esther Maciel)



P.S:Daquele que amo...quero tudo o que nos fizer felizes...sempre!!!!Nem mais e nem menos, na medida mais delícia que tiver!!!!!!

Amores meus,aquele beijo recheado de amor!!!!!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Sentimentos em tempestade



Tempestade na janela...

Tormenta no meu coração...

A chuva entristece o dia.

O cinza nunca foi minha cor preferida..

Lágrimas se misturam com os pingos, a dor com a solidão .

Pensamentos, angústias e vazio...

Eu sei o que falta e talvez por isso a dor se torne mais aguda...

Admitir que faz falta!

Silêncio, o coração grita!

Grite... ninguém escuta!

Hoje o dia foi assim...

A noite foi assim...

E o amanhecer? Esse não parece que será muito diferente!!!!

(Felícia Rodrigues)

Amores, bju gde!


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quem sabe isso quer dizer amor(Milton Nascimento)


"Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol. Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais. Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,Estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer..."
P.S: Amores, um pouco de leveza para acalmar os corações em conflito,busca ou sem respostas...Meu coração anda assim....sem saber para onde ir!!!!
Bjus,cheios de carinho!!!!


sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Posso não chegar onde desejo...mas,só o caminhar já me traz mil possibilidades
...Novas perspectivas, de um mesmo pensamento...
No caminho eu transformo, reforço, sonho e divido para multiplicar...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Um lindo fim de semana,amores meus!!!!!
Bjus com sabor de sexta-feira!!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


"Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já..."
(Pablo Neruda)
P.S: Amores meus, um pouco de Neruda para vocês...
Só para não ficar muito tempo distante deste cantinho.
bjus

quarta-feira, 21 de outubro de 2009




"...Minha inteligência tornou-se um coração cheio de pavor,
E é com minhas idéias que tremo, com a minha consciência de mim,
Com a substância essencial do meu ser abstrato
Que sufoco de incompreensível,
Que me esmago de ultratranscendente,
E deste medo, desta angústia, deste perigo do ultra-ser,
Não se pode fugir, não se pode fugir, não se pode fugir!
Cárcere do Ser, não há libertação de ti?
Cárcere de pensar, não há libertação de ti?
Ah, não, nenhuma — nem morte, nem vida, nem Deus!
Nós, irmãos gêmeos do Destino em ambos existirmos,
Nós, irmãos gêmeos dos Deuses todos, de toda a espécie,
Em sermos o mesmo abismo, em sermos a mesma sombra,
Sombra sejamos, ou sejamos luz, sempre a mesma noite.
Ah, se afronto confiado a vida, a incerteza da sorte,
Sorridente, impensando, a possibilidade quotidiana de todos os males,
Inconsciente o mistério de todas as coisas e de todos os gestos,
Por que não afrontarei sorridente, inconsciente, a Morte?
Ignoro-a? Mas que é que eu não ignoro?
A pena em que pego, a letra que escrevo, o papel em que escrevo,
São mistérios menores que a Morte? Como se tudo é o mesmo mistério?
E eu escrevo, estou escrevendo, por uma necessidade sem nada.
Ah, afronte eu como um bicho a morte que ele não sabe que existe!
Tenho eu a inconsciência profunda de todas as coisas naturais,
Pois, por mais consciência que tenha, tudo é inconsciência,
Salvo o ter criado tudo, e o ter criado tudo ainda é inconsciência,
Porque é preciso existir para se criar tudo,
E existir é ser inconsciente, porque existir é ser possível haver ser,
E ser possível haver ser é maior que todos os Deuses."

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterônimo de Fernando Pessoa
P.S: Amores, um pouco de poesia para estes dias tensos de trabalho!



Bjus!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amanheceu...


Aquela noite tinha sido tudo o que haviam desejado.
Amor sem palavras,
Olhares em sintonia e corpos que se encaixavam.
Não havia posse, apenas entrega.
Entrega de segredos, de calor e de esperanças...
Amanheceu e eles se sentiam achados. Pois,era como se antes estivessem perdidos.
Perdidos em relações que entristeciam, conversas que não acrescentavam, amores que sugavam e sexo que não satisfazia.
E agora ,pós tanta intensidade, tinham medo de se olhar e perder o que construíram naquela noite:cumplicidade!
Mas, ela o encarou, com seus olhos intensos e desprovidos de máscaras. Olhou como se olha a verdade, como se olha o amor.
Ele a encarou, olhos que questionam e ao mesmo tempo suplicam. Ele queria ver tudo o que queria dizer.
-Olá! Ela sussurrou, em meio aquele sorriso que ele tanto amava.
-Olá- respondeu ele- Quis tanto vê-la pela manhã, assim,totalmente minha, sem pressa de ir, sem me deixar sem você.
-Eu também sempre quis amanhecer com você, acordar e me aconchegar em seus braços ao invés de me desvencilhar e me obrigar a partir .Ela confessou.
-Por que demoramos tanto a nos entregar?Há muito já havia me cansado de tê-la pela metade, se esgueirando na madrugada e levando um pouco de mim.
-Talvez, porque tivéssemos receio de não saber ou de não ter o que queríamos. O que tínhamos era bom,e talvez tivéssemos medo que a luz do sol apagasse o brilho do que criamos. Do que construímos em nosso pequeno mundo, de noites compartilhadas. Mas,acabamos querendo mais. Nosso mundo tornou-se pequeno e passamos a desejar que um invadisse a vida do outro. Abandonamos o sonho, para compartilhar a realidade.Não sei no que isto vai dar, mas estou feliz por estar aqui. Por me permitir vivenciar e isso e de permitir que você compartilhe comigo o que tenho de melhor, o que sou.
- Eu também estou muito feliz. Mas,já que tomamos este passo, a última coisa que devemos pensar é no que vai dar, mas em quantas coisas boas vivenciaremos pelo caminho. Não quero saber do final, quero é senti-la todos os dias em tudo que fizer. Quero tê-la para mim e em mim, estamos no começo, querida. Não antecipe o fim, não tire o sabor das experiências que teremos.
Ele tinha razão e ela sabia disso, mas é difícil abandonar velhos hábitos e como as pessoas se adaptaram em se sabotar. Mas, ela estava disposta a viver e a amar. Ele valia a pena e ela merecia ser feliz!
- O que acha de um café da manhã- ela perguntou, já se levantando- Aliás o que gosta de tomar ou comer?( detalhes que teriam que saber. Era o desvendar de algo já tão íntimo).
Ele gargalhou:
-Café puro e sem açúcar- Se levantou a abraçou e falou ao seu ouvido:
-Ah!Amor! Faremos juntos o café, agora vamos compartilhar, lembra? E vou te contar mais uma coisa sobre mim, eu também sei cozinhar...
Rindo e abraçados foram para a cozinha, compartilhar o primeiro amanhecer juntos, realmente juntos...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Saudade que estava deles, espero que gostem,meus amores!!!
Beijos!

Vazio


Angústia sem motivo
Dor sem precedente...
Aperto em não saber,
Sentir sem querer
Sem localização ou razão!
Infinito vazio..
Ausência constante...
Respira fundo, suspira...
Quem sabe passa o que não se sabe ser...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Dias esquisitos...
Bjus ,amores meus!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ponto final


Olho e não te vejo
Apalpo e não te sinto.
Sentimentos oscilantes
Meio sorriso
Abraços que não aconchegam
Beijos que não devoram
Corações que não palpitam
Corpos que não se encaixam
Calor que se apaga
Chama que não se ascende
Caminhos que se perdem
Sonhos que não serão
Ah! Meu amor, adeus é o que nos resta.
Nós sabemos,mas quem dirá?
Ponto final é aceitar que de tudo que fomos juntos, não seremos mais....
(Felícia Rodrigues)
P.S: Um fds maravilhoso para vocês!Com este clima meio chuvoso, acho que o texto ficou bem de acordo..rsrsrrs

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ansiedade!!!!


Coração batendo forte, mãos suando, expectativa...
Ansiedade!!!São coisas boas se aproximando e eu fico querendo fazer o tempo correr para chegar logo, mesmo sabendo que a espera também é prazerosa.
A espera que constrói o momento, as pequenas coisas para arrumar, os planos para fazer...
Os detalhes, as reuniões para fechar tudo, as gargalhadas, a imaginação!
O momento chega e já vem cheio de lembranças de todo o processo.
E já está chegando, e teremos momentos lindos juntos. Traremos lembranças maravilhosas, daremos risadas, compartilharemos coisas e teremos dias muito felizes!
Amigos, essa viagem será perfeita: pessoas mais que especiais, lugar lindo,música que nos une...
Enfim,delícia que chama!!!!!!
P.S:Amores, estou ansiosa e cheia de expectativas...
Beijos cheio de amor!

domingo, 20 de setembro de 2009

silêncio


Silêncio!
Não interrompa o sussurro do vento.

Hoje só ele faz sentido: o não dizer.
Palavras nada representam, apenas mascaram os sentimentos.
Os olhos mostram o que é essencial...
O vento sopra, leva o que é dito.
O que se sente, fica.
impera!

O que se quer, aparece.
Não dito, mas presente.
Amor, angústia, dor e prazer!
Não diga, sinta.
O coração palpita, se aperta...
Não reprima, permita...
O vento arrepia e testemunha...
E o silêncio! Ah! O silêncio...
Este sim, tem muito a dizer...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Com amor,sempre!!!!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Saudades de Clarice!


..."Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja." (Clarice Lispector)


P.S: O que sente sempre acaba, sempre muda e sempre transforma. Por isso, é tão importante viver sem medo, sentir, provar e ser.

Amanhã seremos outros, com novos amores, novos desafetos, novas lágrimas e sorrisos.

O que sentimos hoje só é válido hoje. Amanhã tornam-se lembranças, saudades ou mágoas.

Hoje é o que importa. Faça o que for importante. Não tema, faça. Viva. Sinta!Seja!

Amores meus, um beijo cheio de vida!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Meu amor, não chore.
Hoje o céu amanheceu azul,
Ofuscou a tristeza;
Quebrou o torpor;
Incentivou o sorriso;
Hoje tem calor;
Tem brisa fresca;
Tem som na radiola;
Hoje o coração amanheceu quente;
Palpitando ,como uma cavalgada;
Hoje os olhos brilham;
Propício para flertes e declarações!!!
Hoje amanheceu assim,
Eu amanheci assim!
E você amor, não chore!
Meus pequenos braços estão abertos para te ninar,
Para te mimar!!!
Venha para cá, eu ofego e o dia se vai, e amor,
Hoje ele não vai sem mim...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Sexta-feira, sempre alegria!
A todos aquele fds cheio de sorrisos e suspiros!
Beijo grande, amores meus!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Durante


Ela acordou e o viu no canto da cama, tão sereno, tão bonito...
Suspirou e se levantou em silêncio, para não estragar o momento. Não estava preparada para encará-lo ainda..
Sabia que a partir desta noite, as coisas haviam mudado.
Aquela paixão faminta havia sido saciada, talvez por que era alimentada pela dúvida e pelo não saber um do outro. Eles se amavam na calada, no silêncio e nas entrelinhas.
Agora, havia se escancarado, se desnudado. Estavam agora diante de um real, de um palpável sentimento.
Ela sentiu medo...Mesmo o desconhecido era mais familiar para ela do que esta possibilidade que se abria...eles agora podiam escolher!Podiam ser um do outro...mas, de quem ela seria?
Só sabia do calor de sua pele, do som da risada, do cheiro do cabelo e do prazer de tê-lo. Nada, além disso.
Pela primeira vez ela temeu que a realidade não lhe agradasse. E se ele fosse casado? O que faria da vida? Onde morava?O que gostava de beber e comer, além dos vinhos que compartilharam?
Pegou o isqueiro, ascendeu e tragou o cigarro. Sentou na poltrona ao lado da cama e observou o contorno de seu corpo. E quando ele acordasse como seria? O que diriam?Inquietou-se, o coração perdeu o compasso e as pernas a força. Encolheu-se e temeu que a realidade não a satisfizesse como os sonhos.
Olhou para ele e começou a sorrir, acabou gargalhando em um misto de euforia e ansiedade, levantou e se jogou na cama, ainda balançando pelas gargalhadas.
Sentiu-se uma tola por pensar em possibilidades negativas neste momento. Afinal, isto era um encontro e não uma despedida. Para que pensar em amanhã se a noite ainda seria muito longa e a paixão tinha muitos caminhos ainda a percorrer...
As noites são para ser sentidas e recheadas de satisfações... Debruçou- se sobre ele, beijando seu pescoço. Ele mexeu e a ajeitou nos braços, sorrindo. Ela mordiscou seus lábios e sussurrou:- Te quero de novo!
Ele não esperou ela pedir a segunda vez.(Felícia Rodrigues)

P.S: Amores,beijos grandes e recheados de carinho!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Encontro


Paixão, sim, era isto que estava escrito em seus olhos quando se encontraram.
As mãos suadas, sem saber se apertavam ou afastavam...
Mesmo combinado o encontro, agora frente a frente, ninguém dava o primeiro passo.
Ela não sabia se pulava em seus braços ou se mantinha dura, como estava: suando e palpitando.
Ele queria puxá-la, sugar seu calor...dividir sua paixão...mas, continuava na soleira, esperando não se sabe o quê. Temendo o que mais desejou.
Ela sorriu, pronto, nada mais precisava ser dito. Ele a alcançou, como se mais um minuto ela desintegrasse. Beijou-a, como nunca havia feito. Estes beijos que contam histórias, que aproximam e misturam. Beijos em que dois falam, sem nada dizer.
Ela se aninhou, se encaixou e permitiu que ele sentisse sua fome, seu desejo, seu tremor e sua saudade.
Naquele momento, ninguém saberia dizer quem era quem ou como agüentaram estar tão longe um do outro, por tanto tempo.
Existem sentimentos que se tornam vulcões...Sentimentos que queimam, que derretem e que uma faísca explode vibrações.
Não se sabe quanto tempo ficaram ali se beijando, se sentindo. Era como se estivessem se conhecendo e reconhecendo ao mesmo tempo. Apalpando para tornar verídico. Cheirando para constatar e beijando para reavivar a memória.
Era o reencontro de dois estranhos.
Era o encontro de dois íntimos.
Era uma união de corpos e um encaixe de desejos.Ninguém sabe como entraram, como andaram até o quarto ,mas lá estavam...despindo-se como quem tira máscaras.
Eles desnudavam a alma, eles entregavam segredos. Sem nenhuma palavra, foram conhecendo o mundo um do outro.
Olhares que se cruzam, mudam para a cor do desejo. A pupila se dilata, para expor o interior.
O olfato diminui, para que só o cheiro dos dois seja sentido.
A boca saliva, prova, sente.
E as mãos! Ah! As mãos e seus caminhos, apertos e consistências...
Aquilo não era sexo! Aquilo era descoberta! Entrega! Busca!
Êxtase! Ápice!
Sim, aquilo era paixão: louca e desmedida!
Era fogo, era conquista....
Embate, toques, mordidas!
Sabores, odores, texturas!
Desejo!Prazer! Satisfação!
Espasmos....
Suspiros...
Risadas...
Abraços...
Permaneceram assim, sem se mover, perdidos um no outro, para que não evaporasse.
Quando as coisas são boas demais, sempre existe a suspeita que não seja real...
Sem uma palavra, adormeceram...depois falariam ou não...agora o importante era sentir...
( Felícia Rodrigues)
P.S: Amores, espero que gostem...
Bjus e maravilhoso fds!!!!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Paciência



Paciência
( Lenine e Dudu Falcão)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço horaVou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara...Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não pára não...
A vida não pára!...A vida é tão rara!...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Tem dias que não me suporto...evito o espelho para não doer os olhos!!!
Evito os amigos, para não espalhar o fel!
Nestes dias, meu nublado coração, ofega...

Felícia Rodrigues
obs: Hoje estou assim...
Bjus,queridos meus!

domingo, 9 de agosto de 2009

Tormenta


Não sei bem porque ando assim, meio sem saber de mim.

Confusa, irritada,dividida.

Longe do que gosto, perto do que me desfaz.

Não sei para onde ir e nem se quero ficar.

Em ciclos, em meios, em margens...

Não sei o que quero...

Mas, o que desejo, não sei se devo.

Trêmula, insegura, perdida.

Caminho em círculos, caio em mim.

Apenas, metade. A outra, não sei se perdeu-se

Ou se apenas se escondeu...

Ou se transformou.

Ando me desconstruindo...

Não sei se é metamorfose ou apenas período...

Vou seguindo...

As coisas, um dia, voltam ao seu lugar...

ou não...
Enquanto isso, vou me entregando ao que tenho e vivendo o que se é possível...
(Felícia Rodrigues)


P.S: Um post para me centrar...uma breve divagação.

Bjus,queridos meus.

Até a próxima.

sábado, 8 de agosto de 2009

O telefonema


-Alô?
-Tudo bem com você?
Silêncio...será que era ele mesmo? Conferiu o visor do telefone e sentiu o coração saltar.
O coração e sua sinceridade, dispara sem que se queira, dá cambalhotas e te faz ofegante.
-Estou bem e você?- Respondeu ela, tentando não demonstrar a felicidade que sentia.
-Eu vou bem. Ele por sua vez, sentia a coragem lhe sumir e tentava se manter firme, como se aquela ligação não fosse fruto de sua luta interna. Luta em que a razão havia perdido.
Mais um silêncio.
Ele tinha ensaiado tudo que queria dizer, mas quando ouviu sua voz, se perdeu e pensou que nada do que tinha planejado fazia sentido.
-Então, trabalhando muito?- Assuntos rotineiros são mais fáceis, até organizar a cabeça, a respiração, o estômago e suas borboletas.
-Bastante e você?- Respondeu ela, enquanto tentava entender aquele homem que ligava meia-noite, depois de semanas sem notícias e perguntava de trabalho.
- Também. Aqui, eu fui naquele bar outro dia, aquele em que nos conhecemos. Achei que te encontraria lá.- Hum!Por que foi dizer aquilo? Ela não precisava saber que ele a procurava pelas noites.
- Queria que eu fosse?(o cavalo indomável saltou no peito)Por que não me convidou para ir?
-Fui de última hora.- Terreno perigoso, talvez fosse melhor desligar.
-Mas,é estranho eu te ligar a esta hora,foi mal.
-Não tudo bem-Ela disse mais que de pressa, com medo dele desligar, era tão bom ouvi-lo e saber que pensava nela. Que não estava sozinha nesta insegurança e desejo.
- Mas,já que ligou, podia dizer o porquê,né. Ou foi só para saber se estou trabalhando muito.Deu uma risada.
Ai!Aquela risada que ele tanto gostava, conseguia ver suas covinhas, quase estendeu a mão, como se pudesse tocá-la. Como ele queria tocá-la...
-Não,claro que não. Não sou bom nisso,nem tenho muito jeito e você me confunde.
-Eu? Confundo? Jeito para que?( Esperança surge nesses momentos, em que o outro se fragiliza e se permite, por entre fendas, deixar passar o que não sabe dizer.)
-Sim,você...
PAUSA, SUSPIRO, PENSAMENTOS, EXPECTATIVAS...
-É, to com vontade de te ver. Não me pergunte mais que isso. Hoje sei isto e é apenas o que consigo dizer. To com vontade de você.- A confissão saiu em tempestade de palavras, daquelas que se você não estiver concentrado, perde a essência do que foi dito.
Quando os sentimentos explodem, as palavras não acompanham. O querer tem sempre pressa. O dizer tem sempre cautela. São tempos distintos o do sentir e o do externar.
-E ela? Ahh, ela! Queria passar por aquele aparelho e buscá-lo para si. Ela queria saltar, sorrir e beber champagne. Queria tanto ele, que doía. Fisicamente latejava. Fisicamente entorpecia. Fisicamente, emocionalmente, queria!
-Eu também!- Queria tanto que não conseguia dizer o quanto, queria tanto que parecia indiferente.
-É só o que tem a me dizer, depois do que falei?- Perguntou ele decepcionado.
- Vem para cá agora- Convidou antes que desistisse. Ela tinha pressa.
Ele sorriu, feliz e aliviado. Sentiu medo de ser rejeitado. Ele tinha apostado e teve medo de perder.
-É só dizer onde quer que te busque.
- To em casa, vem para cá. Acho que ta na hora de saber onde moro.
-Estava louco para saber mais de você- ele confessou.
-E eu,também. De saber de você e de permitir que me conheça. Anota aí, to te esperando.
-Chego logo...Ele disse já fechando a porta de casa.
-To te esperando.Desligou feliz como há muito não se sentia.
Ahhh! Como dizer às vezes é necessário.
Só sentir não é o suficiente, visto que o outro não tem a chave de nosso interior...
(Felícia Rodrigues)
P.S:Queridos meus,com carinho sempre!
Um maravilhoso fds a todos!
Bjus e até a próxima!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ele sem ela


Ele já estava mareado.

Seu olhar no espelho estava turvo e nem assim,com a noite chegando ao fim,ela havia saído de seus pensamentos.
Havia passado o tempo todo com os amigos, flertando com outras mulheres, artifícios em vão para tirá-la da cabeça.

Tinha visto seu rosto em outras, ouvido sua voz e sentido seu cheiro por todos os cantos.
Conferiu o celular pela milésima vez e nenhuma ligação dela. Onde ela estaria? Será que nos braços de outro? Esta possibilidade lhe roubava o sossego, afinal ela lhe pertencia e só ele podia tocar em sua pele e a possuir.
Sentiu vontade de invadi-la e prende-la.

Será que se fosse a sua casa, ela o atenderia? Será que o aceitaria assim, no meio da madrugada, bêbado e louco de paixão?

Não, ele nem se arriscaria. Afinal, se ela quisesse que ligasse. Era assim,que fora acostumado, a ser procurado. Nenhuma outra o havia deixado neste estado de incerteza.
Olhou mais uma vez seu rosto retorcido de angustia e percebeu quanto tempo estava ali, naquele banheiro sujo. Resolveu voltar aos amigos e continuar com aqueles assuntos e piadas que não mais lhe prendiam a atenção.
Pensou em ficar com outra e se saciar com uma estranha. Mas, ele sabia, que desejo quando tem endereço certo, não se contenta com substituição. Apenas ela seria capaz de acalmar-lhe o corpo e a alma.
Sim, entre eles era transcendente, era união de corpo, paixão, alma e querer.
Ele queria devorá-la e descobri-la.

Torná-la palpável, quem sabe assim, o encanto diminuiria. Este não saber o enlouquecia e o fazia querer mais.
Eles já saíam há quase um ano e ele pouco sabia dela, apenas que era a mulher mais cativante, espontânea e cheia de vida que já tivera a oportunidade de conhecer.

Não era a mais bela e nem tinha o corpo mais perfeito. Mas, era a mais diferente, exótica e com o sorriso mais contagiante.
Quando ela sorria, ele se esquecia do mundo e das outras.

Seu jeito de olhar o fazia desejar protegê-la e ao mesmo tempo se protegido. Protegido da intensidade do que sentia.
Com certeza, ela era a que mais se entregava, a que amava com mais paixão. Mesmo não sabendo muito de sua vida, quando seus corpos se encontravam, ele a reconhecia por inteiro.
Pediu mais uma dose, enquanto admitia ser covarde. Covarde por não procurá-la, por se esconder naquele bar enfumaçado e por fugir do que de mais belo havia lhe ocorrido.
Sorriu tristemente, deu mais gole e brindou ao seu orgulho e covardia. Às vezes, caminhar por caminhos conhecidos era mais seguro, mesmo que os outros sejam mais belos e encantadores.
Ela era o desconhecido e mesmo sendo mais atraente, ele não se permitia seguir...essa estranha mania de se boicotar. Se ao menos se permitisse...
Virou a dose, despediu dos amigos e foi para casa.

Mais uma noite que mesmo sem vê-la,ele tinha sido dela...

Mais uma noite de desejos recolhidos, pensamentos ocultados e amores claro, não ditos!
(Felícia Rodrigues)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigos!!!!!!


Para vocês que me acalmam o coração

Que se doam e me completam,

Que me fazem sorrir e amparam minhas lágrimas,

Escutam minhas desventuras e me ajudam a levantar

Que são, que estão e que me tornam mais humana.

Meu sincero obrigada, não só hoje no dia do amigo....mas, sempre!!!

Amo vocês!!!!!

bjus, queridos meus!!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ela sem ele...


A taça de vinho já estava pela metade, o cinzeiro cheio e o filme no fim.Sempre que se sentia confusa, ela recorria a estas noites de porre solitário: o filme para distrair, o vinho para entorpecer e o cigarro por pura ansiedade.
No início sempre alcançava bons resultados, mas com o passar do relógio e com a descida vertiginosa na garrafa, seu pensamento caminhava por trilhas distantes e o filme era esquecido.
Nesta noite, ela já tinha pegado o telefone com a firme decisão de ligar para ele, mas não prosseguiu em nenhuma das tentativas. Largava o aparelho e completava a taça. Ria sozinha de sua insegurança e tomava mais um gole.
Quando parava para pensar na relação que tinham, nunca conseguia achar uma definição para o que sentia ou queria. Ele sabia como seduzi-la, mas sabia também como fazê-la sentir repulsa.Ela não sabia se era o jeito ou a forma que ele tinha de encarar as coisas...mas, por muitas vezes,ela queria se ver longe.
Mas, ao contrário do que sentia, sempre ia ao seu encontro, atraída como mariposa na luz. Ele havia se tornado um vício, que mesmo fazendo mal, não resistia ao prazer louco e momentâneo.
Nunca tinham tido nada sério ou oficial, sempre encontros na calada da noite, sem testemunhas. Ela o conheceu assim, no escuro e por lá permaneceram. Talvez, ela tivesse medo que no claro ele perdesse o encanto. Que suas mazelas fossem maior que seus atrativos...atrativos? quais? Ela não sabia responder e nem sabe se queria, parte da atração vinha do mistério.
Ela o via como um ser sem parâmetros ou gêneros. Ele era ele. Ele era o que ela imaginasse e por isso, não fazia questão de defini-lo.
Olhou para o telefone e acendeu o cigarro, fumar estava funcionando mais que comer chocolate, já que a ansiedade lhe apertava o peito.
Tragou como se sugasse a paz de espírito que lhe faltava, virou o vinho e desejou seus beijos.
Desejos...desejos, estes sempre não ditos. Mais uma noite que mesmo só, ela tinha sido dele.
Quis seu corpo e nada fez. Tentou imaginar onde ele estaria e se lembrou de seu cheiro...
Ela já não sabia se era melhor estar com ele, ou recriá-lo na memória. Talvez, este prazer em esperar é que lhe alimentava a alma...
(Felícia Rodrigues)
P.S: Para o fim de semana!!!!!
Bjus, aqueridos meus!!!!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ele



Aproveitando que ela havia se levantado para acender um cigarro, observou o contorno de suas costas e as curvas de seu corpo. Chegou a estender a mão para tocá-la e sentir a pele que sempre o seduzia, mas recuou.
Preferiu fumar também, cigarros sempre o acalmavam, já que ela sempre o deixava desconcertado. Nunca sabia como agir, mesmo tendo tanta intimidade, conhecer cada parte de seu corpo e de seus prazeres...
Para além da cama, ela era um mistério para ele. Seu coração sempre disparava quando estavam em contato, mas não sabia o que fazer com isto, com toda esta turbulência, afinal nunca esteve acostumado com este tipo de sensação.
Ele queria mostrar que ela era só mais uma, mas nem isto conseguia. Ela sempre o confundia, o dominava e misturava todo o seu ser.
Por muitas vezes quis dizer o que sentia, mas aquele terreno era perigoso e ela segura demais. Ele a via como algo inalcançável, por isto recolhia a mão, quando sentia vontade de apertá-la.
Ela se vira e o toca, dedos mágicos ela tinha. Eram capazes de fazê-lo vibrar... Ele sempre a queria de novo , desejo estranho este que nunca se cansa.
Mas, ela pós entrega se fechava e ele jamais a alcançava. Seus olhos se perdiam longe. Como ele queria adentrar seus pensamentos e tomá-los para ele. E conhecer cada parte daquele ser que ele possuía sem ter.
Mas, ele não queria se mostrar demais e ser refutado.Quando ela se prendia nele e o olhava fixamente, durante o gozo, ele retirava o olhar... Tinha medo que ela lhe roubasse os segredos. Tinha medo que ela lhe roubasse a alma e ele já era calejado demais.
Ele a puxou, não resistindo à vontade de tocá-la, momentos estes que podiam não ter fim. Ela aninhada em seu peito, o cheiro de seus cabelos lhe invadindo os sentidos...
Amanhece e ele a vê se vestindo, colocando as peças que lhe serviam de armadura.
Ela se aproxima e lhe dá um beijo de despedida, ele tem tanto a dizer, mas, permite que ela se vá...
Esses amores não ditos...
Se pelo menos fossem francos ao menos uma vez...
(Felícia Rodrigues)

P.S:Empolguei e já que me pediram...está aí!!!!

Bjus e até a próxima,queridos meus!

Ela


Ela se virou para o canto, sorriu e buscou na mesa ao lado o maço de cigarros...
Era quase que para completar o gozo, umas tragadas ao fim do ato. Olhou de relance e deu um meio sorriso para o seu companheiro, ali, nu e totalmente esgotado. Pensou que ainda queria mais e que como ele se dava tão pouco.
Mais um trago e um cafuné nas costas dele. Ela sempre o queria, era um desejo que não se saciava, talvez por nunca o sentir por inteiro .Mas, ao mesmo tempo, era esta estranha mania que ele tinha de não se entregar que a atraia e tanto a excitava.
Ele era um desafio ou apenas, algo fora de controle. Ela gostava de controlar, como controlava a cinza do cigarro...evitando que ela caísse no chão...não batia no cinzeiro..apenas observava e fazia equilíbrio para não se sujar.
Ele era assim, mais brasa que cinza: inconstante, quente, atraente e sempre a queimava. Ela já estava se acostumando a estas queimaduras... Sabia que não devia, mas sempre era atraída e terminava ali, nos braços dele, fumando mais um cigarro.
Ela, tão dona da razão, acabava sentindo prazer também, em se sentir insegura, ver o filme já sabendo do fim,não causa arrepio.Com ele tudo era possível e nada era concreto.
Ele a encaixou em seus braços, era um sujeito carinhoso, mesmo que arredio e algumas vezes, deixava mostrar seus reais sentimentos...mas, tinha a péssima mania de se boicotar.
Algumas pessoas são assim, fogem da felicidade, por estarem mais acostumados a velha e conhecida solidão...
Os dois estavam ali, entregues e se amando, mas não sabiam disso...ela e suas dúvidas, ele e seus traumas. Nunca falaram sobre o que sentiam, logo, um nunca soube o quanto aqueles momentos eram únicos, para os dois.
Amanheceu,ela se vestiu...toda a mágica tem um fim: no cinzeiro as guimbas, na memória as lembranças e no corpo, o calor. Olhou para ele, um beijo no rosto e um até breve.
Ele não viu o olhar dela e ela não sentiu seu tremor...
Ahhhh! Se eles fossem francos pelo menos uma vez....
(Felícia Rodrigues)


P.S: Tentando outras formas de escrever...espero que aprovem!

Bjus e até a próxima, queridos meus!!!!!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

NEM SEMPRE SOU IGUAL



Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.

Mudo, mas não mudo muito.

A cor das flores não é a mesma ao sol

De que quando uma nuvem passa

Ou quando entra a noite e as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.

Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:

Se estava virado para a direita,

Voltei-me agora para a esquerda,

Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés

-O mesmo sempre, graças ao céu e à terra

E aos meus olhos e ouvidos atentos

E à minha clara simplicidade de alma ...

(Alberto Caeiro)


P.S: Alberto Caeiro , para quem não sabe, é um dos heterônimos de Fernando Pessoa.

De forma diferenciada e mais objetiva, mas com a mesma sensibilidade, em qualquer nome que adotasse.

Indico a todos a conhecerem mais sobre a obra dele, tanto adotando os 2 nomes citados acima ou com o nome de Álvaro de Campos.

Amores meus, um lindo fim de semana a todos.

Bjus

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desejos!!!!!


Não há nada que me deixe mais frustrada

do que pedir sorvete de sobremesa,

contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente com uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante,menor a porção da sobremesa.

Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai. Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.

Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga:

cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu,embrulhado pra presente. OK?

Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

(Danuza Leão)


P.S: Recebi este texto hoje da minha prima Ró(valeu,mto bom) e achei muito bom, passei mal de rir de nossas bobagens e de quanta vontade passamos.

Ás vezes, a satisfação está na nossa frente é só dar um passo, mas recuamos por muitas vezes ideais de outros, ideais sociais que muitas vezes nem são nossos...

È como já disse outras vezes aqui e reforço: não é fácil sair do padrão, não é fácil dizer NÃO e nem fácil dizer SIM...

Não é fácil se assumir e se bancar!!!!!Mas ,com certeza continuo apostando que vale a pena!!!!

Hahaha... eu que o diga... e minhas roupas extravagantes, meus óculos coloridos, minha risada alta e minha língua sem freio....

P.S*: Ah! eu trocaria no texto os episódios de 'Law and Order' por vários filmes e o Richard pelo Jude Law ou pelo Hugh Jackman.. mas, tá valendo!!!!!

P.S***: como sempre....mil bjos, queridos meus....com muito amor!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Felícia!!!!!!!!



Eu hoje encontrei Felícia

E todo um amor oculto cresceu, tomou novo vulto.

Encheu-me o peito

Me trouxe o passado na forma de sua imagem(foto que nem mesmo o tempo arranhou).

Felícia, felicidade

Verdade, vida, alegria e amor

Felícia, felicidade

Verdade, vida, alegria e amor.

E eu tive como certo em seus lábios ver o riso aberto

Fazendo suas faces multicoloridas.

Na festa contida, afinal aberta, senti sua voz macia

E das mãos o calor e o clamor.

Seus beijos matando as saudades.

E mil desejos..

Contando, vivendo, viajando no amor.

Mas hoje encontrei Felícia chorando, mas não de amor.

Sentei-me a seu lado e, amigo abracei-me a ela, abracei-lhe a dor.

Chorei a perda da imagem que avida rasgou e jogou no chão.

Felícia, felicidade.

Verdade viva só em meu coração .

Felícia, felicidade.

Verdade viva só em meu coração.

(Gonzaguinha)


P.S: Sempre escuto músicas com nome de mulheres e sempre brinquei com meus amigos que ninguém faria uma com o meu...e descubro que eu já tinha uma homenagem e não apenas uma música... mas, uma música do Gonzaguinha, que amoooo!!!!

Foi um presente...que amei e vim divulgar!

Bjus e até a próxima, queridos meus!!!!!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

A lucidez perigosa




Estou sentindo uma clareza tão grande ,
que me anula como pessoa atual e comum:
É uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano...
Já me aconteceu antes.
(Clarice Lispector)


P.S: Mais uma vez Clarice se faz presente, com sua sensatez de idéias e turbilhão de sentimentos!!!
Eu que mais que fã, me sinto explicada por ela, ou quem sabe entendida. Talvez, reconfortada...é como se nessas linhas, eu encontrasse um pouco de meu coração.
E neste momento estou assim, vendo o vazio e sinto um pouco de medo ou anseio.
È como se soubesse o caminho, mas tivesse medo do próximo passo. Decisões são difíceis de serem tomadas, pois sempre temos que deixar algo para trás. Mesmo sabendo que progrediremos, é como se mesmo o que nos doesse, nos fizesse falta.
Como Clarice mais uma vez, sabiamente escreveu:'Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripe estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."
Não perdi nada, mas quero eliminar e mesmo sendo desejo, sinto aquele aperto no peito!
Quem disse que transformar não dói?
A borboleta precisa sentir a pressão e a dor em suas asas para romper o casulo, para ter forças para voar...

Bjos, queridos meus e até a próxima!!!!

Com amor, sempre!!!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009


Nas fendas é que me acho,

perdida nos olhares.

Nas possibilidades é que me perco,

me encontrando no aconchego.

Caminho sem fim,

destino variável.

Amores mil,

apertos infindáveis.

Sorrisos que falam,

beijos que calam.

Mãos que se entrelaçam,

pés que se afastam.

Afinidades que se somam,

diferenças que separam...

Pobre de mim,

em meio ao furacão...

ventos, sentimentos, desarranjos e mil intenções.
(Felícia Rodrigues)
P.S: Estava com saudade daqui, do meu cantinho. Onde escrevo meus rabiscos e me perco nas possibilidades do que posso dizer, em quem pode ler e no que podem sentir...
Bjus e até a próxima.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ASSOMBROS



"Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rola
malquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado

em permanente assombro."
(Affonso Romano de Sant'Anna)
P.S: Esta bela imagem é Danae de Gustav Klimt!
Bjus e até a próxima